domingo, 31 de agosto de 2014

40 dias sem fumar!




Tantas coisas aconteceram nesses últimos dias que eu nem tive tempo de escrever aqui, me desculpem.

Bom, 40 dias se passaram desde que eu comecei essa luta contra mim mesma. Passei por poucas e boas e vocês acompanharam. Senti todas as dores possíveis e impossíveis também, senti na pele como é que funciona uma rehab e hoje garanto a vocês que nunca mais colocarei um cigarro na boca. Passar por tudo isso de novo?! Nem a pau!!
É tudo muito intenso, muito dramático... o mundo parece se virar contra você e por muitas vezes você se questiona se é forte o suficiente. Você é! Eu sou! Somos!

40 dias depois, eu não sinto mais dores de cabeça, tonturas ainda ocorrem mas são bem menos frequentes, não tenho mais dores no peito, meu humor ainda oscila bastante e já quase não penso em fumar. Ainda penso no cigarro mas não me imagino fumando.
Porém, há uns 15 dias, ganhei um sintoma novo: tosse! Que desespero que dá! Pelamor!
No começo eu achei que estava gripando por que virei uma fabriquinha de catarro! Nariz entupido, peito carregado... aquele horror. Aí o namorado também ficou assim e começamos a achar que era devido ao tempo seco que esta aqui em SP. Mas alguns dias depois, o namorado melhorou e eu não. Quando eu melhorei do catarro, a tosse veio com tudo. Ás vezes seca, ás vezes com catarro. De manhã saía um catarro bem denso e com a cor bem forte, meio escura. No decorrer do dia, ia diminuindo e clareando. Mas a tosse não passa de jeito nenhum. Comprei pastilha, bala de hortelã, tomei chá quente e nada...
Foi quando me deu um estalo: será que essa tosse está ligada ao fato de eu ter parado de fumar
Não precisei pesquisar muito para concluir que sim. Resumindo, isso acontece por que meu pulmão está eliminado a sujeira acumulada durante todos esses anos. Ou seja, quanto mais eu tossir, melhor. Sinal de que meu pulmão está se recuperando. Parei de reclamar da tosse!

Essa semana que passou consegui perceber como meu fôlego está nitidamente melhor. De segunda a quinta eu fiquei na casa do namorado (última semana lá, eu queria estar com ele). Para pegar o bus pra casa dele, eu tinha 2 opções: subir uma ladeirona e pegá-lo no ponto que ficava no final da ladeira ou dar uma volta gigantesca e pega-lo em outro ponto. No primeiro e no segundo dia, eu dei a voltona e perdi o ônibus. Cheguei na esquina e ele passou... ficava mais uns 20 minutos esperando. E para quem esta parando de fumar, ficar em ponto de ônibus é uma tortura, por que sempre aparece um fumando...
No terceiro dia eu arrisquei a ladeira e para minha surpresa, não cheguei morrendo no ponto de ônibus! Estava cansada, claro. Mas era por falta de condicionamento físico, não por conta do cigarro. Achei fantástico! Acho que o benefício do fôlego era o único que eu ainda não havia percebido efetivamente na minha vida.

Outro sintoma que não passa são as crises de choro... meldels!
Elas vêm do nada e vão embora do nada. Tá certo que esses últimos dias foram difíceis pra mim, tive alguns problemas pessoais mas, são situações que não mereciam toda essa importância, sabe? Não justificam uma choradeira de horas... Espero que isso passe logo. Meu namorado precisa muito do meu apoio agora e eu não posso começar a chorar do nada na frente dele. Não agora. 

Bom, é isso pessoas... 40 dias. As dores do início foram substituídas por novas dores mas os benefícios são acumulativos e fazem todo o esforço valer a pena!

Mais um dia...


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Feliz 30 dias pra mim!!



Hoje estou radiante! 1 mês sem cigarros, sem recaídas, limpa, limpinha!

Eu queria escrever tantas coisas mas não consigo organizar as idéias aqui!

Eu e o Bup estamos nos dando muito bem. Pelo menos, fazem 2 dias que eu não choro, não tenho enjoos e a cabeça dói menos. Falando em chorar... tem coisas que só acontecem comigo, caras. Sério.
Há muitos meses atrás, meu namorado decidiu se mudar. Vai dividir o apê com a mãe dele. OK? OK.
Ele deve se mudar semana que vem. Tudo planejado, nada de correria, sem desespero. Pois muito que bem. Segunda-feira, 20h eu começo a chorar DESESPERADAMENTE por que "vamos perder nosso cantinho". Doideira, né? Eu só sei que eram 05:30 e eu estava acordada AINDA chorando. Abri meu messenger e olhei, ele estava off havia 1 hora. Era o que eu precisava. Escrevi um texto quilométrico totalmente sem pé nem cabeça e enviei. Acreditem ou não, eu só consegui dormir depois de enviar a mensagem. Só que aí já eram 6 da manhã e eu precisava ir trabalhar. Sério, quando essa história de rehab acabar, eu vou comprar uma medalha pro meu namorado. Por que ó... não tá fácil me aguentar não... Eu ando testando demais o amor e a paciência dele ultimamente.
O engraçado desse dia foi que eu não fiquei o dia inteiro morrendo de sono. Sei lá. Só sei que saí do trabalho e corri pro melhor lugar do mundo EVER: o colo do meu namorado. Como eu me sinto bem no colo dele. Eu poderia passar o resto dos meus dias no colo dele. É quentinho, me acolhe, me acalma. Acho que estar com ele é o único momento em que o cigarro se torna um detalhe na minha vida. Eu esqueço completamente, não sinto vontade de fumar.

Voltando ao tema do blog...

Uma das coisas mais sensacionais desses 30 dias é relembrar como foram meus primeiros dias e ver como eu estou hoje.
Claro que com 30 dias eu não posso me achar uma ex-fumante mega power. Não posso baixar a guarda.
Mas é bom perceber que as dores do começo hoje quase não existem mais, que a vontade de fumar já está quase zerada, que a tristeza por não fumar esta virando felicidade.

Eu sei que devo muito, muito mesmo ao remédio. Por que sem ele, eu já teria perdido o namorado e matado uns 5. Sério. Não que o remédio seja milagroso mas, ele cuidou da minha ansiedade enquanto eu cuidava da minha abstinência. Foi um trabalho em grupo. Eu entrei com a minha determinação e o remédio entrou com o abraço apertado. Claro que toda essa ajuda não vem de graça, na camaradagem. Eu sofri muito com os efeitos colaterais dele. Mas valeu a pena.

E como hoje é uma data especial, eu comemorei pagando o almoço com as amigas e comprando um kit de tratamento para o cabelo que eu estava namorando há meses! E querem saber? Gastei menos do que se estivesse fumando.

Vamos celebrar mais um dia!! Hoje 30, amanhã 31...

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O mundo não para só por que você parou de fumar




Cheguei a essa conclusão essa semana quando precisei, acho que pela primeira vez, pegar um ônibus. E foram 2 dias, viu?
Impressionante, o mundo inteiro resolveu fumar. Na minha frente! Porra brother, apaga essa merda!
No primeiro dia eu me auto-qualifiquei como uma fumante educada. Por que eu não tinha o hábito de fumar no ponto de ônibus. Eu parava na esquina, fumava e depois ficava lá na muvuca esperando o busão. Se ele demorasse muito e eu quisesse fumar novamente, eu voltava lááááá pra esquina. Nessa, com certeza o busão passaria e eu perderia. Quem nunca?? Mas voltando ao primeiro dia no ponto do bus...
Estou eu, linda, bela e loura super orgulhosa por ter subido o ladeirão sem sentir que meu pulmão saltaria pela boca, quando de repente chega um cara, surgiu do inferno só pode. Esse maluco para bem na minha frente e saca o maço de cigarro. Marlboro Light, o mesmo que eu fumava. E me acende a porra do cigarro! Whatta Hell????? Para melhorar, estava chovendo, ou seja, eu não tinha como sair do meu lugar! Por um lado eu fiquei feliz por ter sentido nojo do cheiro do cigarro... mas foi terrível! Ver o cara tragando... meldels como era bom quando eu fazia isso... nada, bom nada! Ó lá, seu bus chegou!!

Na segunda vez, eu fiquei feliz primeiramente por ter me sentado no banquinho do ponto de ônibus. Acho que nunca fiz isso em um ponto com mais alguém além de mim. Primeiro por que meu bus costuma passar rapidinho e segundo por que se ele não passasse, eu fumaria. E como eu disse, não fumava no ponto.
Aí tô lá de boas, curtindo um Bon Jovi no iPhone quando eu sinto um cheiro. Meu corpo todo ficou alerta. E eu farejei de onde ele vinha... um cara lá do outro lado... me senti péssima por ter tido essa reação. Mas aproveitei e olhei a minha volta. Eu estava bem. Ninguém estava fumando, só o carinha lá do outro lado. Aí eu pensei: eu não sou mais um incomodo para as pessoas. Nice!

Depois disso comecei a avaliar o mundo ao meu redor... parecia que todo mundo tinha resolvido fumar só pra me provocar! Não, eu parei de fumar e agora, do outro lado do muro, eu consigo perceber a quantidade de fumantes andando na rua, o quanto a fumaça deles incomoda quem passa perto. E o quanto é difícil resistir e não pedir um cigarro "emprestado". O nosso teste é diário, na rua, na empresa, no estacionamento do super mercado, na ida ao restaurante... meldels, como é difícil!

E nós temos que resistir, afinal, a vida continua. O tiozinho da banca de jornal está pouco se fodendo para sua rehab. A tiazinha do doce não tem nada com a sua rehab. A moça na sua frente também não. Talvez um dia eles precisem passar pelo que você esta passando e ninguém vai parar de fumar por causa deles.
O jeito é colocar a cabeça no lugar, focar na sua rehab, pensar no namorado, no filho, no cachorro, ligar pra alguém... se distrair e tentar não ser tão cruel consigo mesmo ao ponto de sair contando quantos fumantes estão do seu lado.

Meu teste não acaba quando eu chego em casa. Na verdade, acho que meu maior desafio é na minha casa. Minha mãe é fumante pesada e não está colaborando muito comigo. Não se esforça para não fumar dentro de casa, por exemplo. Eu não vou brigar, mas é foda!

Hoje eu tive um dia daqueles de fumar um maço só durante o dia. Estou com uma vontade doida de sair do meu quarto e correr pra pegar um cigarro. Claro que não vou fazer isso. Aí estou aqui tentando fazer alguma coisa que me distraía e de repente... pufff... sobe o cheirão do cigarro. Isso não é legal. Nem um pouco.

Enfim, pra fechar, nós precisamos ser fortes a cada dia. Quando você passa da fase da abstinência, fica mais fácil. Mas o cigarro está presente na sua vida e infelizmente, não tem como dar pause no mundo. As pessoas vão continuar fumando perto de você e você vai ter que lidar com isso. Depois chega em casa e chora, tudo bem. Mas não se entregue!

Amanhã tem post especial... voltem para conferir.



domingo, 17 de agosto de 2014

Parar de fumar dói. Desabafo.



Quando a gente resolve parar de fumar imagina que será um inferno. E realmente é. Mas o inferno que imaginamos é cheio de crises de abstinência, vontade de fumar que não passa, você já se imagina com insônia e com um mau humor daqueles.
Você acha que depois de algumas semanas tudo vai passar e o arco-iris surgirá no céu azul.
Só que quando você está lá, no miolo do furacão, o céu não é azul e o arco-iris nem da sinal de que vai aparecer.

Parar de fumar dói. Isso ninguém te conta, talvez por que a maioria não saiba.

Dói a cabeça, dói o peito e dói o coração. Você se perde da sua vida. Seu corpo inteiro luta contra a sua vontade de mudar!

Aí você começa a tomar remédios que irão te ajudar a sentir menos dor. Só que eles levam um tempo para funcionar sem nenhuma reação adversa e de repente você se vê chorando descontroladamente sem nenhum motivo aparente. Se olha no espelho e não se reconhece e não sabe dizer se a crise é abstinência ou remédio.

Essa semana aconteceu 3 dias. A última acabou de ocorrer. Meu coração vinha na boca, eu olhava a foto do meu namorado e caía no choro. DO NADA!!
Oque eu fiz? Chorei tchê! Por mais de uma hora! Fui tomar banho e chorei debaixo do chuveiro para ninguém me ouvir. Quando eu saí do banho, como que num passe de mágica, eu voltei ao normal. Um alívio e uma raiva ao mesmo tempo.

Ainda bem que eu tenho esse blog. Aqui dá pra desabafar sem ser julgada. 
Minha segunda opção para desabafar é meu namorado mas tadinho... nessa última semana eu realmente coloquei a paciência dela a prova! Não me sinto a vontade pra falar com ele sobre isso. Não sei por que. Ele é meu melhor amigo. Deve ser por isso. Somos próximos demais e eu sei dos problemas dele que são muito mais importantes que o meu. 

A sensação de não ter absolutamente nenhum controle sob seu estado emocional é terrível e meio desmotivador. Não é á toa que algumas pessoas simplesmente desistem e voltam a fumar. 
Das outras vezes em que eu tentei parar não foi assim. Mas também eu não estava tão empenhada assim. Não deu tempo de sentir essas dores.

Mas, mesmo com toda essa instabilidade emocional, em nenhum momento eu pensei em desistir. Eu pensei em sair correndo na rua, em comer 3 caixas de chocolate, mas não pensei em desistir.

Vamos em frente!

Sobre não fumar, remédios e TPM



26 dias sem colocar um cigarro na boca. Se levarmos em consideração que há 27 dias atrás eu não conseguia ficar 8 horas sem o cigarro (tomando por base o tempo em que eu fico dentro da empresa), 26 dias sem nem ao menos tocar em um cigarro é muita coisa. Me sinto uma vitoriosa!

Não cheguei até essa marca sozinha, apesar de não saber até que ponto fui ajudada realmente e até onde minha determinação foi quem falou mais alto. O fato é que, lá pelos 15 dias sem cigarro eu comecei a enlouquecer, meu humor começou a oscilar muito e todos os sintomas da abstinência se juntaram a todas as dores de parar de fumar e eu achei que não ia conseguir.

Busquei ajuda médica e estou me medicando e é sobre meus primeiros dias com o remédio que eu venho falar com vocês.

Primeiramente, nunca, nunquinha, NEVER, tome qualquer medicamento para auxiliar no processo de parar de fumar sem consultar um médico. Faça isso por amor a sua vida. Procure um médico antes.
Eu vou colocar o nome do remédio que estou tomando por que sei que ele é receitado à grande maioria das pessoas que estão largando o tabagismo. Eu passei a semana inteira buscando informações e depoimentos de usuários desse medicamento e não consegui muitas respostas sobre efeitos colaterais e eficácia no tratamento então, espero poder ajudar pessoas que estão na mesma situação que eu e caso você esteja usando o mesmo remédio, ou já usou, comente sua experiência.

A primeira pergunta que me veio a cabeça foi que médico procurar. Na verdade, não existe um médico específico tipo, cardiologista para problemas do coração. Geralmente, a pessoa que para de fumar procura um pneumologista ou um psiquiatra (não há uma pesquisa sobre isso, eu cheguei a essa conclusão sozinha lendo e conversando com pessoas que estão se tratando). Eu procurei os dois! A grande verdade é que o fato de eu precisar de um pneumologista foi o que me motivou a parar de fumar e o psiquiatra entrou na história quando eu resolvi tratar meu tabagismo como uma doença, um vício.

Meu pneumologista me aconselhou a começar com os adesivos. Meu psiquiatra além dos adesivos me receitou um antidepressivo para me ajudar a segurar a ansiedade, a Bupropiona.

Veja aqui o que aconteceu quando eu usei o adesivo.

Sobre a Bupropiona...



A primeira coisa que você faz antes de começar a tomar um remédio que você sabe que tem efeitos colaterais é ler a bula e ver o que pode te acontecer nos próximos dias. Pelo menos, eu faço isso.

Me deparei com a seguinte lista de reações adversas (pra facilitar já vou dizendo se eu apresentei ou não):
Muito comuns:

  • Insônia: Não tive, pelo contrário, desde que parei de fumar sinto muito sono.
  • Dor de cabeça: Um pouco. Na verdade é mais uma pressão do que uma dor.
  • Boca Seca: Passei a tomar 2 litros de água por dia. 
  • Distúrbios gastrintestinais, por exemplo, náuseas e vômitos: São não tive vômito. Mas chegaram a cogitar a hipótese de eu estar grávida devido a quantidade de náuseas.
Comuns:

  • Urticária: Não
  • Perda de apetite: Completamente
  • Agitação: Não percebi nada
  • Sentir-se ansioso ou depressivo: Sim, mais depressivo do que ansioso.
  • Tremores: Um pouco
  • Vertigem: Um pouco
  • Mudanças no paladar: Não
  • Dificuldade de concentração: Total
  • Dor abdominal: Sim
  • Constipação: Um pouco
  • Erupção Cutânea: Não
  • Coceira: Não
  • Distúrbios de Visão: Não
  • Sudorese: Não
  • Febre: Não
  • Fraqueza: Um pouco  
Conclusão: isso não é um remédio, é uma bomba! Maios ou menos isso.

Nos primeiros 5 dias eu deveria tomar 1 comprimido por dia de manhã e depois passar para 2 comprimidos sendo um de manhã e outro até as 16h.

Nos 3 primeiros dias eu não tive muitas reações. Somente um desconforto (uma dor que parecia que ia me dar "aquela" diarréia) no segundo dia e uma leve sensação de estar meio no mundo da lua. 
O bicho pegou do terceiro dia em diante e aí já aproveito para emendar o terceiro assunto do post.

Vamos voltar um pouquinho...

Eu comecei a tomar o BUP na sexta-feira, mesmo dia em que contei para meu namorado que eu tinha voltado a fumar. Ele ficou mega chateado e me disse coisas que eu não merecia escutar mas, quem sabe mais pra frente eu conclua que mereci.
No sábado, nós tivemos um dia agradável e no domingo também.

Na segunda-feira eu estava insuportável e nós discutimos... e eu chorei o dia inteiro na empresa e em casa. Na terça-feira idem. Ele ainda estava chateado, logo, não queria falar comigo, não respondia minhas mensagens e eu passei mais um dia chorando... e resolvi ir na casa dele após o expediente.
Na quarta-feira eu estava eufórica! Super animada!
Na quinta-feira, já estava um pouco chorona novamente.
Na sexta-feira, eu passei o dia triste e com  muito enjoo após o almoço. A noite, fui jantar com uns amigos e do nada, assim, no meio da rua, sem que nada tenha acontecido, eu comecei a me sentir enjoada e com muita tontura. E obviamente, mais uma crise de choro que foi devidamente engolida e abafada.
A sorte foi que meu namorado estava junto e estávamos perto da casa dele. 
Porém, meia hora depois, eu estava novinha em folha, como se nada tivesse acontecido. Só fiquei com uma dor, uma cólica que ia e voltava a noite inteira. 
Sábado, tudo ótimo. Só continuei com as cólicas mas, nada grave. 
Hoje, domingão eu me sinto bem. Ainda não tive nenhum sintoma. 
Ah, uma coisa que é recorrente e sempre sinto: uma pressão na cabeça seguida de uma sensação de estar no mundo da lua. Isso acontece sempre.

Essa semana iniciou-se meu período de TPM. Por isso, todas essas crises de choro, humor e carência podem ter sido aumentadas.
Geralmente, minha TPM era combatida com cigarro. Eu fumava muito mais. E esse é provavelmente o primeiro mês que eu tive que enfrentá-la sem fumar. Aí bateu com os primeiros dias do antidepressivo e ferrou tudo. 

A boa notícia é que essas reações devem sumir em 15 dias. Já se passaram 10. Só faltam 5. Eu posso aguentar. 

O remédio está cumprindo bem seu papel. Eu não tenho mais vontade de fumar, estou mais tranquila com relação a ansiedade. Parei de comer o dia inteiro e de mordiscar a tampinha da caneta. Meu humor melhorou um pouco. Ando meio sem paciência ainda mas, está melhor do que alguns dias atrás.

Eu recomendo muito que todos procurem ajuda médica. Na minha opinião, tudo o que for feito para diminuir a dor e amenizar o sofrimento é válido.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Papo de amigas - Depoimento

Como o Blogger é do Google, sempre que eu posto aqui, ele automaticamente compartilha meu post na rede social dele, o Google+.
E numa dessas, uma amiga de alguns anos, respondeu ao post contando que também estava na batalha.
Foi então que me surgiu a idéia de abrir um espaço aqui para que ela compartilhasse conosco sua história.

Se você quiser desabafar também, eu vou deixar aqui meu email e sua história será publicada com o maior prazer. Você pode participar anonimamente também, ok?  Meu email é tahytap@yahoo.com.br

Antes de postar o texto, quero agradecer imensamente a participação da Paulinha e parabenizá-la pela iniciativa de parar de fumar. Que possamos comemorar juntar mais vitórias!!

Segue a mensagem dela na íntegra.

Eu comecei a fumar com 14 anos, em uma brincadeira com minhas primas de "ser mocinhas", desde então, até exatos 10 dias atrás eu era fumante compulsiva, fumava um maço de cigarro em um dia normal... Sem fazer nada, sentada no pc, ia fácil dois maços, e em baladas, cervejinha aqui, outra ali, não existia conta para quantos cigarros eu fumava...Ao longo desses 18 anos, o cigarro foi meu companheiro ao levantar, depois de comer, nos meus choros e angustias, nas minhas ansiedades, nas esperas pra qualquer coisa, principalmente em esperar o ônibus passar...Porém ao longo desses 18 anos eu, não conseguia correr, não tinha folego pra nada, semana sim outra não ficava com pigarros na garganta, tosse constante, dor no peito... Matei aulas na escola pra descer e fumar meu cigarrinho, perdi namorado por causa do cigarrinho, perdi oportunidade de trabalho por ser fumante... Sim fui excluída de grupos por ser fumante, fui chamada de fedida por ser fumante...Não que eu não me cuidasse, bem pelo contrário, sempre gastei fortunas com perfumes, porém o mesmo não fixava o cheiro, ou pelo menos eu não sentia que o cheiro estivesse em mim, e sempre ouvi alguém reclamar por causa do cheiro forte de cigarro que exalava de mim...Eu não sentia mais o cheiro das coisas, e pra sentir o gosto das coisas eu tinha que comer e comer e mesmo assim ainda não sentia... Arg, sem contar o beijo, meu marido também sendo fumante, beijo com gosto de cinzeiro, era horrível!!!Até que fui fazer um checape geral, não consegui terminar o exame Ergométrico, e o resultado do exame foi que eu estava com o condicionamento físico de uma idosa de 73 anos, com o colesterol á 249 (o normal sendo 220).Minha casa, as paredes todas amareladas por causa da nicotina, e sem contar que limpava e limpava, tacava desinfetante e acendia incensos, mas a casa estava sempre fedida... Procurei fazer um esporte pra me ajudar a sair do vício, e não consegui...Conversei com meu marido, que também já estava com a ideia fixa de largar o cigarro, procuramos um terapeuta que nos receitou um antidepressivo que com o tempo a pessoa perde a vontade de fumar... A pessoa toma o remédio e continua fumando, o aconselhável é que depois de uma semana tomando o remédio a pessoa marque um dia para realmente parar de fumar e continuar com o tratamento só com o remédio, porém no terceiro dia tomando o remédio, eu já não conseguia mais fumar... toda vez que acendia o cigarro, eu sentia um gosto horrível na boca e vontade de vomitar, logo apagava o cigarro. Eu comecei a tomar o remédio dia 26/07 e no dia 01/08 ás 23:00 eu fumei meu último cigarro e prometi ao meu marido e ao meu filho que não fumaria mais, desde então, nesses 10 dias eu não fumei e não vou fumar.Sim, tive vontade de fumar, principalmente ao me levantar, depois das refeições, sentada no pc trabalhando, no churrasquinho de dias dos pais, no nervosismo que passei... porém os contra conseguiram me segurar, eu consegui manter a mente, dizendo a mim mesma que eu não precisava daquilo, que eu era melhor e capaz de segurar qualquer bronca sem ter que recorrer ao cigarro... Então...Nesses 10 dias, minha respiração está melhor, minhas atividades físicas estão sendo feitas com mais vontade por mim, consigo dar as 50 voltas no tatame como pede o meu Sensei, minha casa está cheirosa, sim eu estou conseguindo sentir o cheiro de limpeza da minha casa, áh o perfume, ele tá fixando, e o meu cabelo, cheiroso, não fede mais a nicotina... Eu estou satisfeita por ter tomado a decisão de para de fumar, pois sei que estou fazendo bem a minha saúde e ao meu corpo,. Sim está sendo uma batalha, não é fácil, porém é prazeroso a mim mesma eu dizer que eu estou vencendo esse vício!!! 

Parabéns Paulinha!!!! 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Feliz 20 dias sem fumar pra mim!!




Não sei muito  bem o que dizer... esperava ter um monte de coisas pra contar mas, simplesmente não consigo reproduzir em palavras a felicidade que me domina por estar há 20 dias sem a merda do cigarro!

Foi fácil? Não, não passou nem perto de ser.
A vontade de fumar passou? Não, mas esta quase.

Oque mudou?

Hoje eu percebi que ver as pessoas fumando não me incomoda tanto.
Como eu contei lá no primeiro post, minha mãe é fumante. De vez enquando ela me busca no trabalho. Nos primeiros dias, era um sofrimento. Até por que, a delícia de sair do trabalho, era poder entrar no carro e fumar meu cigarrinho tranquilamente com a minha mãe.
Enfim, hoje ela me ofereceu carona e eu aceitei. Assim que ela ascendeu o cigarro eu fiquei apenas irritada. Não senti vontade de fumar, o cheiro me incomodou muito e me deu uma dor de cabeça horrorosa. Senti vontade de pedir para que ela apagasse mas não me senti no direito. Eu odiava quando alguém reclamava do meu cigarro.

Desde sexta-feira a noite meus dias têm sido mais difíceis. Meu segundo bom motivo para parar de fumar está me evitando. É estranho por que ele é/era a única pessoa com quem eu me sinto/ sentia à vontade para falar sobre minha vida. É meio assustador não ter certeza se ele vai continuar ao meu lado. Por minha culpa.

Mas enfim, o blog é sobre parar de fumar e eu não quero que vire um xororô. Não de amor.

Sobre a abstinência eu posso dizer que agora eu consigo sentir que está cada dia mais fácil vencer a batalha. Como eu relatei anteriormente, já consigo ver as pessoas fumando sem sentir vontade de fumar.
Mas o psicológico é foda, nosso cérebro é um belo de um filho da puta. Ele deveria ter sido espertão assim, há 14 anos atrás e me feito pensar antes de começar a fumar e não agora que eu estou tentando parar.
Voltando... o psicológico é a grande merda. o seu cérebro vai lutar diariamente contigo. Seu grande desafio é vencer o seu cérebro. Sua luta é consigo mesmo.
Mas com o tempo eu percebo alguma evolução. Sabe aquela sensação de estar faltando alguma coisa? Quase não tenho. Basicamente só ocorre após o almoço e quando eu saio da empresa. E passa mais rápido. Um copo d'água ou chiclete resolvem o problema. E respirar fundo também. Só que essa parte ainda dói, então eu faço menos.

Ah uma coisinha...
Hoje eu consegui sentir o cheiro do amaciante na minha blusa! Parece bobagem, mas eu fiquei tão feliz! Do nada, eu estava andando após o almoço e fui mexer na bolsa. Nisso, encostei o nariz na manga da blusa e senti o cheirinho de bebê. Explodi de felicidade, né?

São essas coisinhas que vão nos dando forças para continuar.

Hoje senti mais dores no peito do que nos outros dias e a concentração fugiu de vez... não consigo fazer nada por inteiro. Espero muito que essa fase passe logo por que dependo muito da concentração para trabalhar.

Outro cuidado que estou tomando é para não cair em depressão. Muitas coisas chatas estão acontecendo e eu estou muito mais triste do que estava no começo do tratamento.
Não vou fazer nada por enquanto pois estou na TPM e isso pode estar ajudando também. Se não melhorar, eu volto no médico.

É isso aí! Feliz 20 dias sem cigarro pra mim!!! :)

domingo, 10 de agosto de 2014

Sobre o lado bom de parar de fumar



Hoje meu dia esta sendo bem difícil. Então resolvi reler os meus meus posts em busca de forças para resistir por mais um dia.
Reli todos os posts e achei o blog um tanto quanto sombrio... em 7 posts o foco é o mesmo: dor, sofrimento, abstinência.
Aí pensei cá com meus botões: "será que parar de fumar significa o fim dos dias felizes? Não deveria ser o contrário?"

Vejamos, em 19 dias sem fumar eu senti dores de cabeça terríveis, tontura, falta de concentração, tremedeira, dor no peito, refluxo, dor de barriga,  estou muito mais irritada do que o normal, meu namorado quase não fala mais comigo por que eu não contei que tive uma recaída... o que será que entrará para essa lista no meu post de 1 ano sem fumar?

Já reparou que quando estamos passando por alguma situação ruim, independente do motivo, sempre tendemos a ressaltar os pontos ruins, a desgraça e nos esquecemos de que tudo, absolutamente tudo, tem um lado bom?
E porra, parar de fumar só te traz coisas boas, mesmo que para alcançá-las apareçam alguns obstáculos.

E a melhor delas é que você começa a sentir orgulho de si mesmo. E  esse orgulho vai aumentando, vai te deixando cada vez mais forte e confiante de que seu objetivo será alcançado. 

Sendo assim, resolvi relacionar coisas boas que me aconteceram nesses 19 dias:


  • Meu cheiro melhorou. Sim, a primeira coisa boa que te acontece quando você para de fumar é que você para de feder. Seu perfume dura mais, seu cabelo fica cheiroso e limpo por mais tempo e você não incomoda ninguém com o seu "cheirinho de fumaça".
  • Agora eu sinto o meu cheiro e o cheiro das outras coisas. Esses dias que eu reparei que a maioria dos meus perfumes, shampoos e cremes têm cheiro forte. Com certeza isso se deve ao fato de que eu simplesmente não sentia o cheiro deles de verdade e para mim, eram perfumes suaves. Ah, outra coisa engraçada que me ocorreu no banho foi que eu consegui sentir o cheiro de cloro na água. E claro, a melhor parte é que descobri que meu namorado é muito mais cheiroso. 
  • Eu posso sair para qualquer lugar sem ter que me preocupar se lá vai ter área de fumante ou quanto tempo eu terei que ficar sem fumar.
  • Meu paladar esta melhorando aos poucos. Ainda não sinto que as comidas estão mais saborosas, apenas mais temperadas, mais salgadas.
  • Meu hálito melhorou muito. Adios chiclete, bala ou pastilha de menta para disfarçar o bafinho do cigarro. Por mais que você escove os dentes, o bafinho fica lá. Intacto. Percebi que meu hálito melhorou bastante. Chiclete agora só para distrair e espantar a vontade de fumar.
  • Minha pele esta menos oleosa. 
  • Posso pintar as unhas das mãos de branco sem me preocupar se ficarão manchadas.
  • Não preciso mais me sujeitar a situações humilhantes do tipo, sair na chuva para fumar.
  • Ontem eu estava em uma roda com 3 fumantes e me senti mal por eles. Não senti vontade de fumar.

Percebam que, todas essas coisas boas são permanentes, vão ficar comigo pra sempre.

Enquanto que, as coisas ruins do começo do post, já começam a desaparecer.

Ah, vocês devem estar sentindo falta do item "respirar melhor". Como eu vim de uma pneumonia, minha respiração ainda não esta 100% e algumas atividades ainda exigem bastante esforço dos meus pulmões.

Espero que esse post anime um pouco o coração de todos vocês!!            

Bom, como a vida não é só flores, estou de TPM... semana que vem eu conto como passei. 
E aguardem um texto desabafo. Estou precisando....

sábado, 9 de agosto de 2014

Buscando ajuda profissional




Bom, como eu já comentei nos posts anteriores, essa semana eu tinha 2 consultas médicas: pneumologista e psiquiatra.
Sobre o pneumologista eu cheguei a contar no post do começo da semana. Recebi alta da pneumonia e ele me prescreveu os adesivos de nicotina.
Ontem eu passei pelo psiquiatra e finalmente tive alguém com quem pude conversar sem ser julgada por mais de 1 hora. Como isso me fez bem. Saí de lá com a prescrição de um remédio para segurar a ansiedade e ele também me indicou o uso dos adesivos.
Eu questionei o uso dos adesivos pois já estava há 17 dias sem colocar o cigarro na boca. Ele me explicou que o uso dos adesivos me ajudariam muito a segurar a vontade de fumar e evitariam uma crise de abstinência, que é o meu grande medo.
E saí de lá com uma missão: contar pro meu namorado que eu vinha de uma série de recaídas e que meu último cigarro foi no dia em que descobri a pneumonia. Pois é, não tinha contado ainda. Contei ontem, ele ficou bem chateado, falou umas coisas que eu acho que eu não merecia ouvir e hoje quase não esta falando comigo. É amiguinhos, parar de fumar dói. Em todos os sentidos.
Meu namorado é meu segundo bom motivo. Tirando a minha saúde, todo o resto é por ele... quando a bronca ou a indiferença vem dele, dói 5x mais.
Mas a vida segue... agora que eu tenho esse espaço para desabafar, vou sobrecarregá-lo menos com minhas dores.

Vamos falar dos adesivos...



Sobre o Niquitin, não gostei.
Ele deve ser maravilhoso para quem está diminuindo, ou nas primeiras horas sem o cigarro. No meu caso, foi como se eu tivesse voltado a fumar. Horrível mesmo. No começo dá uma sensação boa, como que se seu corpo inteiro se anestesiasse... mas algumas horas depois comecei a sentir uma dor de cabeça bem conhecida dos fumantes, a dor de ter fumado demais. Sabe quando você esta num "dia daqueles" e fuma desesperadamente o dia inteiro e no final do dia vem aquela dorzinha chata de cabeça? Foi essa a dor que eu senti. Só que mais forte. Também senti muito enjoo e tonturas. As mesmas de 14 anos atrás quando fumei meu primeiro cigarro. Tanto que no final do dia, parecia que eu havia fumado o dia inteiro e o pior, eu comecei a sentir gosto de cigarro. Quando entrei nessa fase, arranquei o adesivo e desisti de usá-los. Definitivamente, eu não preciso mais de nicotina. 
Como eu disse, para quem esta diminuindo ou esta nos primeiros dias sem fumar, os adesivos devem ajudar muito. Mas se você já está há alguns dias sem o cigarro e esta indo bem, eu não indicaria. 

Sobre o remédio, esta ajudando muito. Não ataquei a comida ontem e hoje meu café da manhã foi normal. Não estou com vontade de matar ninguém e as tampinhas das canetas estão intactas! hahahaha

Vou passar por consulta com o psiquiatra mensalmente e devo começar a participar do Grupo de Apoio. Estou tentando a vaga. Torçam!

Sobre os sintomas da abstinência (não vou considerar as conseqüências do uso dos adesivos):
Dores de cabeça: não tive mais
Tonturas: não tive mais
Vontade de fumar: reduzida consideravelmente
Dores no peito: diminuíram bastante
Falta de concentração: continua igual
Falta de ar e cansaço: igual

Mudanças:
Olfato melhorou muito, o paladar também mas ainda não sinto gosto diferente, só estou achando tudo muito salgado. 
Eu estou mais cheirosa, meu cabelo dura mais tempo limpo e minhas mãos cheiram a hidratante, não a cigarro.

É isso aí... 18 dias e contando!

É como perder um amigo, ou um amor. Desabafando.

Hoje vai ser mais um dia de muitas postagens... tenho uns 3 assuntos para dividir com vocês, tímidos leitores do meu blog. Coloquei um contador de visualizações há 2 dias e de lá pra cá já recebi 20 visitas! Pelo painel de controle do Blogger, me aparecem mais de 70 visualizações desde que criei o blog. Concluo então que tenho leitores muito tímidos. Tudo bem, mas seria ótimo se vocês compartilhassem comigo suas experiências também. Uma mão lava a outra, certo?
Mas voltando ao foco do blog... rs

Hoje eu completo 18 dias sem fumar! Uhuuuuu!




Mas, mais doque estar há 18 dias sem fumar, a grande vitória dessa semana foi ter me despedido de um "amigo" de 14 anos. Isso mesmo, amigo.
O que as pessoas que não fumam não conseguem entender é que existe um vínculo entre o fumante e o cigarro. Se isso é bom ou ruim, não vem ao caso questionar, mas é assim que funciona.
Eu tenho participado muito de grupos de discussão de ex-fumantes e o que eu mais li foi que a parte mais difícil de deixar de fumar, é voltar a vida normal sem o bom e velho amigo de anos...
E a sensação é exatamente essa.

No meu caso, o cigarro me ajudava a contar até 10 antes de mandar as pessoas irem pra pqp, me fazia companhia quando eu estava sozinha em casa, fazia a espera ser menos longa, a ansiedade ser menos torturante... enfim, um grande amigo que me acompanhou por 14 anos.
Hoje eu sei que era um amigo da onça. Mas não tem como simplesmente esquecer dos 14 anos em que ele fez parte da minha vida. Pouca gente entende isso. E desse pouco que entende, 1% ou menos, não te chama de burro, imbecil e diz "bem feito" quando você vai embora. Todo o resto faz isso. E acham que você não sabe.

Deixa eu colocar a minha situação em um ponto de vista mais comum...
Você já  levou um pé na bunda? Mas um pé na bunda bem dado, daqueles que te fazem chorar por horas diariamente? Daqueles que você procura entender o motivo e não encontra e que dói lembrar?
Pois bem, todo ser humano com mais de 20 nos já deve ter passado por isso. Se não passou, vai passar.
Quanto tempo você precisou para se recuperar? Depois de quanto tempo a dor realmente passou?

Guardadas as devidas proporções, largar o cigarro é mais ou menos assim. 

Então assim, quando você não tiver uma palavra amiga para oferecer a uma pessoa que esta em rehab, fique quieto. Chamá-la de burra e dizer que o que ela esta passando é consequência da burrice dela, não vai ajudar. Ela já sabe disso e está lutando para reverter a situação e o processo é muito mais doloroso do que você imagina. 
Você não precisa bajular, passar a mão na cabeça... não é isso.
Mas um "parabéns, você esta vencendo" não custa, não dói e pode ser o empurrão que a pessoa esta precisando para passar mais um dia sem fumar. Pense nisso. 

terça-feira, 5 de agosto de 2014

2 semanas sem fumar

14 dias sem fumar... quem diria!
Para quem está parando de fumar, 14 dias é muita coisa,brother! Por que na maioria das vezes, a gente não se imagina ficar 2 horas sem o cigarro. Ser obrigado ficar sem o cigarro por 2 ou 3 horas já é considerado sacrifício. e de repente, você está há 14 dias sem fumar! Sinta-se um vitorioso!! Parabéns para nós!!

Bom, pra quem está nos primeiros dias, enfrentando bravamente a fissura e lutando dia a dia contra si mesmo e entrou aqui no blog para saber como é a evolução semanal do ex-fumante, eu tenho uma boa notícia.

Vou te contar que hoje, 14 dias depois do meu último cigarro, eu estou começando a ter um pouco mais de controle sob minhas vontades.
Eu percebo que a vontade da nicotina em si já passou... o lance agora é psicológico. Quase que 98% psicológico.
Eu sinto que meu cérebro e meu organismo já entenderam que não vai mais rolar...

Eu me sinto uma ex-fumante mas, minha cabeça ainda é de uma fumante.

Por exemplo, várias vezes no dia, parece que está faltando alguma coisa na minha rotina. Sabe aquela sensação de "estou esquecendo de fazer alguma coisa"? Aí eu paro pra pensar e concluo "puta, é o cigarro!" por que eu sempre sinto isso quando eu estou saindo de algum lugar (por que era batata: sempre que eu saía de algum lugar, independente do tempo que eu tinha ficado dentro. Quando eu tinha acesso a rua, eu tinha que acender um cigarro), ou depois de comer ou em horários específicos, tipo, todos os dias as 10h da manhã eu tenho essa sensação de estar faltando alguma coisa. Porque? Por que todos os dias, as 10h eu me escondia no estacionamento da empresa e fumava meu cigarro.
É incrível como o psicológico ainda insiste em me lembrar do cigarro... o tempo todo.

Mais uma atitude que me leva a afirmar que minha cabeça ainda não é de uma ex-fumante, é o fato de eu ainda associar o cigarro a momentos felizes e ficar triste quando eu percebo que não tem mais o cigarro envolvido.
Por exemplo, eu costumava contar os minutos finais expediente na empresa pra poder sair, entrar no carro e fumar meu cigarrinho em paz, sossegada, sem me preocupar com o tempo. Hoje, quando eu penso "faltam 10 minutos pra eu sair e fumar meu cigarro" e na sequência me corrijo "ah caral**, não tem mais cigarro, eu não fumo mais!" e nisso bate uma tristezinha, sabe? Tipo, eu não tenho mais essa "felicidade".
Eu ainda não consigo simplesmente pensar "acabou mais um dia de trabalho, vou pra casa descansar..."
Essa é minha nova batalha. Contra mim mesma. É difícil. Muito. Mas não é impossível.

A parte boa é que aos poucos eu consigo identificar essas fraquezas e combatê-las vai ficando mais fácil a cada dia.
As tonturas passaram completamente, a dor no peito continua mas, é bem fraca e não é constante. O refluxo também sumiu.

E nessa batalha, cada um encontra sua forma de defesa e ataque. E eu descobri algumas atitudes que me "melhoram" no dia a dia:
* Ler e reler, assistir e reassistir matérias que falem sobre "parar de fumar". 
Para algumas pessoas isso pode ser um fator negativo pois, ter acesso a imagens de pessoas fumando, falar sobre o cigarro, acaba dando mais vontade... Mas no meu caso, ler relatos de pessoas que conseguiram ou uma simples matéria que fale sobre os benefícios de para de fumar, me ajudam a encontrar motivação para continuar.
Eu entro muito no fórum Eu vou parar de Fumar e nos blogs Parei de Fumar e Parando de Fumar.
Tem um site também, bem legal onde você informa a data em que você fumou seu último cigarro e ele te apresenta uma série de gráficos com os benefícios que você já conquistou e quanto tempo falta para o próximo... o site é o Pare Agora de Fumar.
E vídeos, eu assisti aquela série Brasil Sem Cigarro com o Dr. Drauzio Varella.
Enfim, pra mim, ler e ver relatos de pessoas que estão na mesma batalha que eu, que estão sem fumar há muito mais dias, meses e anos que eu e sobreviveram, me ajuda a seguir em frente.

*Aplicativos
Eu baixei um aplicativo chamado "My Last Cigarete'' ou "Meu Último Cigarro" em português. Esse aplicativo é bem parecido com o Pare Agora. Você preenche os dados do seu dia de fumante e ele te fornece gráficos mostrando sua evolução, quantos cigarros você deixou de fumar e quanto dinheiro você economizou.
Apesar de saber que cada um de nós é diferente, esse aplicativo acaba ajudando, por que vai te incentivando a progredir nos índices.
Tem um aplicativo de hipnose também que eu baixei mas não consegui usar... ele esta corrompido. Eu não sei se dá certo. Mas eu sei que a gente não esta numa situação de ficar julgando as coisas sem testar. A gente tem que testar tudo. O máximo que vai acontecer é não dar certo e você continuar com vontade de fumar. Quando eu conseguir baixar o dito cujo certinho, eu conto pra vocês.

*Desabafar
E por fim, eu resolvi escrever esse blog, por que eu passo muito tempo escrevendo nele. E eu desabafo. E eu coloco pra fora tudo o que eu estou sentindo. Por que as pessoas que estão ao meu redor, elas não são obrigadas a entender a minha história e eu comecei a perceber que eu estava muito repetitiva, que toda hora eu queria falar do cigarro, da minha dor de cabeça, da minha tremedeira por estar sem fumar... então eu resolvi fazer o blog por que aí entra quem quer, cada um lê no seu tempo...

Ah novidades...
Hoje eu passei no pneumologista e estou de alta da pneumonia!! Mas ainda estou com muito catarro e um pouco de falta de ar.. mas isso pode ser por causa da recuperação do meu organismo com relação a eu ter parado de fumar.
Ele me receitou os adesivos da Niquitin... por 1 mês. Eu vou começar a usar e conto pra vocês como foi. Se eu disser que eu acho que eu preciso muito desses adesivos, é mentira. Como eu disse, eu não tive nenhuma crise de fissura. Só que eu estou com muito medo de ter essa crise de fissura e não estar preparada.

Na sexta-feira eu devo ter novidades mais interessantes pra vocês, pois irei passar pela consulta no GAT do AC Camargo.

Não é uma batalha fácil gente! Eu vou dizer pra vocês que se eu, há 14 anos atrás tivesse a oportunidade de me ver hoje, eu não teria fumado o primeiro cigarro... eu não teria cedido a pressão de ser popular e de me enturmar.
Por que dói. Dói muito. Você entra em desespero. Você não sabe o que fazer com a sua mente. É difícil você assumir que você é uma viciada. É difícil você admitir que você precisa de ajuda. É difícil você resistir. É difícil você ter auto-controle.
Nem todo mundo entende o que você esta passando.

Só sabe o que eu estou passando e o que você esta passando, quem passou por isso.

Mas nós vamos conseguir!

Eu quero poder respirar bem, planejar minha gravidez, eu quero evitar um câncer...

E eu estou lutando pra conseguir...

E se você esta aqui nesse blog é por que você esta passando por tudo isso também, ou conhece alguém que está passando por isso e quer ajudar.

Se você esta nessa batalha, parabéns!! Se você esta há 1 dia sem fumar, parabéns!! Se você esta há 1 semana, há 1 mês, há 1 ano, não importa... você sempre vai somar 1 dia a mais sem cigarro e quando você for ver, você terá vencido!!!

domingo, 3 de agosto de 2014

10 dias sem fumar




Aí você começa a pensar: 10 dias sem fumar! O pior já passou!
Não meu bem, o pior esta só começando...
Mas pense: 10 dias é muita coisa para quem não se imaginava nem 1 sem fumar!!

Não rola desistir agora.

Depois de uma primeira semana tranquila, a semana seguinte esta se arrastando... as tonturas diminuíram bastante e as dores de cabeça já não me perturbam mais. A falta de concentração ainda persiste. E nessa semana, ganhei uma dor nova... no peito.
Não é uma dor insuportável, mas dói. Incomoda.
Eu andei pesquisando e a dor, assim como a tontura, são uma reação do meu organismo a falta de nicotina e a readaptação.
Tipo assim, agora meus pulmões estão começando o trabalho de limpeza deles. Por isso a dor.

Outro sintoma que me apareceu é uma espécie de refluxo... acontece toda vez que eu como. Uma coisa meio ácida me sobe a garganta... argh!

Comecei a sentir vontade de fumar do nada... de repente. Aí tomo um copo d'água, como uma fatia de queijo, ou alguma coisinha e passa. Mas de pois volta... e passa de novo.

Ah e crises de choro... meldels. Do nada elas vêm. Do nada elas vão.

Estou enlouquecendo. Sério.

E resolvi pedir ajuda... semana que vem tenho consulta marcada A.C. Camargo com um psiquiatra do GAT (Grupo de Apoio ao Tabagista).

Estou com muito medo de voltar a fumar. Muito mesmo. Help!

1 semana sem fumar



Como eu disse no post anterior, os primeiros dias sem o cigarro foram fáceis pra mim pois, eu estava assustada com a história da pneumonia. Dos 5 primeiros dias sem o cigarro, 3 foram em casa, na cama.
No quarto dia, uma sexta-feira, eu voltei a trabalhar e percebi alguns sintomas como tontura, falta de atenção e dores de cabeça.
A tontura já vinha desde o dia anterior mas, eu estava ligando esse sintoma ao fato de estar fazendo inalação com remédios fortes 3x ao dia.
Mas na sexta, eu não fiz inalação e estava com bastante tontura. E ler um texto simples era praticamente impossível.
Foi quando resolvi começar a pesquisar sobre os sintomas da abstinência e descobri que a tontura é consequencia da oxigenação do cerébro. Não vou me estender muito nas explicações por que não sou médica. Mas resumindo, seu cerebro precisa de um tempo para se acostumar a sua nova rotina sem nicotina e por isso acaba trabalhando um pouquinho mais.
Junto com a tontura vem a dor de cabeça que não passa com remédio nenhum no mundo!

Dizem que é só nos primeiros dias...

Nesses dias, eu não senti muita vontade de fumar. Era mais um lance psicologico mesmo. "Nossa, ta faltando alguma coisa aqui." E aí eu lembrava "ah, cigarro". Começava a relembrar o por que de não estar com um cigarro na mão e a vontade passava.
Claro que isso tudo foi assim, tão light por conta do meu estado de saúde. Em uma situação "normal" eu estaria matando por um cigarro.

E é por tudo isso que eu estou com muito medo do que poderá acontecer nos próximos dias.

A sensação é a de estar numa rehab mesmo. Ex-fumante. Ex-drogada.


Todo mundo precisa de um motivo

Sim, todo mundo precisa de um bom motivo que justifique a dor e a tensão de parar de fumar.
A coisa não funciona na base da boa vontade de ser feliz somente...
A não ser que esse seja o seu "bom motivo". Não é o meu e nem o da maioria das pessoas que eu conheci nesses últimos dias.

Meu bom motivo é "me manter respirando'. Pois é, outra coisa sobre o 'bom motivo" é que ele precisa te assustar. Você precisa levar um tapa na cara, uma bicuda da vida e correr o risco de não acordar amanhã para começar a se olhar como alguém que precisa largar o vício.

No meu caso, foi uma pneumonia. Menos mal, poderia ser um câncer. Resolvi não esperar.

No dia 22 de Julho de 2014 eu estava há mais de 3 dias sem respirar muito bem, começou com uma dor de garganta e de repente eu não conseguia mais respirar direito. Meu peito começou a chiar, alto. Não conseguia dormir.
Antes de sair de casa para ir ao médico, fumei meu último cigarro, dei 3 tragadas e joguei fora por que senti meus pulmões arderem. E assim acontecia sempre que eu tentava simplesmente respirar... uma dor, uma ardência e a sensação de que não havia oxigênio suficiente no mundo pra mim. Desespero.
Enquanto eu esperava para ser atendida pelo médico me fiz uma promessa, ali, olhando para a foto do meu namorado no celular... "vou parar de fumar". Por mim. Por você. Pelos filhos que eu quero ter. Por nós.

Passei pela consulta e o médico foi bem claro ao dizer que eu estava com um chiado considerável no peito que mostrava que meus pulmões estavam com uma certa dificuldade de trabalhar. Pneumonia leve.

Nos 3 dias seguintes, foi muito fácil me manter longe do cigarro... afinal, fiquei na cama sem ter forças nem para ir até o banheiro sozinha. Tudo me cansava. Inalação. Antibióticos. 4 noites dormindo sentada. Dor nos pulmões. Dor de cabeça. 2 semanas sem ver meu namorado. Tortura.

Cada vez que eu pensava no cigarro, uma raiva me invadia, as dores para respirar me lembravam que eu estava fazendo a coisa certa. E é essa memória de dor, o medo de morrer sem conseguir respirar que me deu forças e esta me mantendo forte para largar o cigarro.

Resolvi fazer o blog como parte da minha terapia... não estou aqui para pregar nada, meu intuito aqui é desabafar minha dor, meus medos, minha angustia e obviamente, minha vitória.

Escrever aqui me mantem ocupada, me faz pensar menos no cigarro e me faz lembrar dos motivos que me fizeram parar.

Se você esta nessa batalha, bem vindo a bordo. Se você já passou por isso, me ajude.



Euzinha

Bom, vou começar me apresentando e contando resumidamente a minha história com o cigarro que, com certeza é muito parecida com a sua ou com a do seu amigo que fuma.

Eu tenho 29 anos e me lembro de começar a fumar no colégio, na sétima ou oitava série do colegial, ou seja, comecei a fumar com, pelo menos 14 anos, logo, posso dizer que passei metade da minha vida fumando, praticamente. 
Eu comecei por influencia de amigos, claro. Havia acabado de mudar de colégio, sai do meu mundinho de amigos da infância, perua escolar que me buscava e me deixava na porta do colégio todos os dias para estudar em um colégio público, onde mais da metade dos meus colegas de sala eram mais velhos que eu e me odiavam. 
Eu era a nerd, recém chegada, com um sotaque engraçado, que não sabia andar de ônibus e que precisava urgentemente se enturmar para não apanhar na saída do colégio.
Meu primeiro cigarro foi o famoso Gudang de Cravo, depois fui para o A de menta por que tinha um cheiro mais fraco e era mais gostosinho.
Claro que eu fumava escondido da minha família! Mas, chegar fedendo a cigarro não era um problema pois nasci e cresci numa família de fumantes extremos.
Meu pai fumava quase 3 maços de Marlboro vermelho diariamente, só que o Marlboro aumentou demais o preço do maço, então, ele resolveu mudar para o Hollywood vermelho que é mais forte ainda. Há uns 15 anos atrás (sim, antes de eu começar a fumar), meu pai teve um câncer no intestino e acredite se puder, ele fumava dentro do quarto do hospital, fumou tranquilamente durante todo o processo de quimioterapia e... sobreviveu! 10 anos depois, durante uma cirurgia para desobstruir o intestino, o liquido subiu para os pulmões e meu pai ficou 32 dias em coma na UTI com uma pneumonia que não melhorava... por que seus pulmões eram fracos e não estavam muito afim de trabalhar... foi assim, com uma sentença de morte nas mãos que meu pai parou de fumar. 32 dias na UTI, mais uns 20 no quarto. Foi desse susto que ele precisou.
Nesse intervalo eu comecei a fumar... cigarro de cravo, de menta e na sequência o cigarro "normal".

Enfim, nesses 14 anos, eu tentei parar algumas vezes... umas 3. 
A primeira foi tranquila, fiquei alguns meses que não contei sem fumar até que num dia, do nada, eu pensei "quero fumar" e comprei a porra do maço.
Na segunda, há 3 anos atrás, eu parei por que... sei lá por que... eu simplesmente quis parar, uma guria que trabalha comigo resolveu para e eu fui meio que no embalo dela. Na época, assisti aos vídeos do Dr. Drauzio Varela para aquela campanha do Fantástico (Brasil Sem Cigarro) e assisti a série de reportagens do programa A Liga. Me preparei, levei potinhos de pepino e cenoura para ir comendo na empresa durante o dia, comprei caixas de chiclete, depois do almoço sempre me dava um picolé de presente no lugar do cigarro.
Tive crises seríssimas de abstinência: dores de cabeça, tremedeira, alteração de humor. Precisei sair correndo de um barzinho por que comecei a suar frio e a tremer vendo as pessoas fumando na minha frente... 
Mas depois de uns 2 meses, eu voltei a fumar. Não aguentei a vontade e comprei um maço de Free, aquele mais fraquinho... "vou fumar somente antes de dormir" e em menos de uma semana, já estava fumando o Marlboro Light da minha mãe de novo e não demorou muito para eu voltar a comprar o meu próprio cigarro.
A terceira tentativa foi há 1 ano e pouco atrás, quando eu conheci meu namorado. Que não fuma.
Durou 1 final de semana... sério. Por que? Por que eu não queria engordar, não queria ficar mal humorada, não naquele momento, no começo do meu namoro.
Ele nunca me pediu pra parar mas sempre disse que não gostava de beijar uma fumante, não gostava do cheiro etc etc etc
Aí o que eu comecei a fazer?! Não fumava na frente dele... e depois detonava meio maço quando chegava em casa... 1 ano assim.
Até que de repente, a vida resolveu levar um papo sério comigo...
E eu conto no próximo post!