domingo, 3 de agosto de 2014

Euzinha

Bom, vou começar me apresentando e contando resumidamente a minha história com o cigarro que, com certeza é muito parecida com a sua ou com a do seu amigo que fuma.

Eu tenho 29 anos e me lembro de começar a fumar no colégio, na sétima ou oitava série do colegial, ou seja, comecei a fumar com, pelo menos 14 anos, logo, posso dizer que passei metade da minha vida fumando, praticamente. 
Eu comecei por influencia de amigos, claro. Havia acabado de mudar de colégio, sai do meu mundinho de amigos da infância, perua escolar que me buscava e me deixava na porta do colégio todos os dias para estudar em um colégio público, onde mais da metade dos meus colegas de sala eram mais velhos que eu e me odiavam. 
Eu era a nerd, recém chegada, com um sotaque engraçado, que não sabia andar de ônibus e que precisava urgentemente se enturmar para não apanhar na saída do colégio.
Meu primeiro cigarro foi o famoso Gudang de Cravo, depois fui para o A de menta por que tinha um cheiro mais fraco e era mais gostosinho.
Claro que eu fumava escondido da minha família! Mas, chegar fedendo a cigarro não era um problema pois nasci e cresci numa família de fumantes extremos.
Meu pai fumava quase 3 maços de Marlboro vermelho diariamente, só que o Marlboro aumentou demais o preço do maço, então, ele resolveu mudar para o Hollywood vermelho que é mais forte ainda. Há uns 15 anos atrás (sim, antes de eu começar a fumar), meu pai teve um câncer no intestino e acredite se puder, ele fumava dentro do quarto do hospital, fumou tranquilamente durante todo o processo de quimioterapia e... sobreviveu! 10 anos depois, durante uma cirurgia para desobstruir o intestino, o liquido subiu para os pulmões e meu pai ficou 32 dias em coma na UTI com uma pneumonia que não melhorava... por que seus pulmões eram fracos e não estavam muito afim de trabalhar... foi assim, com uma sentença de morte nas mãos que meu pai parou de fumar. 32 dias na UTI, mais uns 20 no quarto. Foi desse susto que ele precisou.
Nesse intervalo eu comecei a fumar... cigarro de cravo, de menta e na sequência o cigarro "normal".

Enfim, nesses 14 anos, eu tentei parar algumas vezes... umas 3. 
A primeira foi tranquila, fiquei alguns meses que não contei sem fumar até que num dia, do nada, eu pensei "quero fumar" e comprei a porra do maço.
Na segunda, há 3 anos atrás, eu parei por que... sei lá por que... eu simplesmente quis parar, uma guria que trabalha comigo resolveu para e eu fui meio que no embalo dela. Na época, assisti aos vídeos do Dr. Drauzio Varela para aquela campanha do Fantástico (Brasil Sem Cigarro) e assisti a série de reportagens do programa A Liga. Me preparei, levei potinhos de pepino e cenoura para ir comendo na empresa durante o dia, comprei caixas de chiclete, depois do almoço sempre me dava um picolé de presente no lugar do cigarro.
Tive crises seríssimas de abstinência: dores de cabeça, tremedeira, alteração de humor. Precisei sair correndo de um barzinho por que comecei a suar frio e a tremer vendo as pessoas fumando na minha frente... 
Mas depois de uns 2 meses, eu voltei a fumar. Não aguentei a vontade e comprei um maço de Free, aquele mais fraquinho... "vou fumar somente antes de dormir" e em menos de uma semana, já estava fumando o Marlboro Light da minha mãe de novo e não demorou muito para eu voltar a comprar o meu próprio cigarro.
A terceira tentativa foi há 1 ano e pouco atrás, quando eu conheci meu namorado. Que não fuma.
Durou 1 final de semana... sério. Por que? Por que eu não queria engordar, não queria ficar mal humorada, não naquele momento, no começo do meu namoro.
Ele nunca me pediu pra parar mas sempre disse que não gostava de beijar uma fumante, não gostava do cheiro etc etc etc
Aí o que eu comecei a fazer?! Não fumava na frente dele... e depois detonava meio maço quando chegava em casa... 1 ano assim.
Até que de repente, a vida resolveu levar um papo sério comigo...
E eu conto no próximo post! 

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